Olá viajantes! Este é mais um post do vídeo – com o mesmo conteúdo – que temos no nosso canal do Youtube.
A série Brasileiros Pelo Mundo é uma forma de trazer conteúdo genuíno e interessante para os leitores e espectadores do site e canal do Passaporte Feliz.
Hoje é o dia do bate papo com a Mariana! Ela está estudando novamente na Europa, depois de ter feito a (segunda) graduação, agora começará o Mestrado em Barcelona. Ela conversou com a gente sobre sua trajetória, sobre as bolsas de estudo e as oportunidades de Brasileiros conseguirem estudar nas universidades Europeias.
O vídeo ficou super bacana, mas se você chegou até aqui, e prefere ler a história toda, eu vou contar todos os detalhes, vem comigo!
Qual é o primeiro passo para quem quer fazer uma pós-graduação na Europa?
A Mariana começou nosso bate papo falando que existe uma diferença entre “ganhar uma bolsa” e ser “admitida em uma universidade”. Então, se você está planejando sair do Brasil para estudar fora, tenha em mente essas duas diferenças básicas. Comece buscando muita informação, leia os sites das universidades, fique atento aos calendários e prazos. Uma vez que você tenha escolhido o país, a cidade e o curso, aí sim é hora de focar nos detalhes sobre os processos seletivos.
A Mariana citou alguns sites que são referências para quem está em busca de bolsa de estudo no exterior: Aqui, aqui e aqui você encontra fontes de pesquisa para ficar mais ligado no assunto. E não deixe de ficar sempre de olho no site da própria universidade. Eles sempre tem tudo atualizado e é uma ótima fonte de pesquisa.
Trajetória de Estudos da Mariana na Europa
2016: ela ganhou a primeira bolsa, que foi para a universidade de Jaén. Uma bolsa que cobria os estudos e dava uma ajuda de custo que a ajudava a se manter lá na Espanha. Foi uma bolsa de Segunda Graduação, uma vez que ela já era formada no Brasil. Durante o curso em Jaén, a Mariana se candidatou para uma outra bolsa de estudos, desta vez em Portugal.
2017: Erasmus+ na universidade de Aveiro, em Portugal.
2020: A Mariana foi admitida em uma nova universidade, desta vez em Barcelona, na Espanha. Ela vai começar agora em setembro/2020 o Mestrado em Oceanografia. Ela ressalta que ela ainda não tem bolsa de estudo, mas que já está admitida no curso. Então, ela já aluna do Mestrado e agora vai começar a busca por uma bolsa.
Ou seja, aprendemos com a Mariana que você não precisa já ter uma bolsa de Estudos para depois entrar em um curso. Você pode – e deve – fazer o caminho inverso. Comece sendo admitida em curso, e depois vá atrás de bolsas de Estudo.
Quanto custa estudar na Europa?
Enquanto você não conseguir uma bolsa, você deve pagar pelos custos do curso. Os pagamentos são feitos diretamente para a universidade e você precisa ficar atento aos custos, uma vez que, se não conseguir a bolsa antes do curso começar, ele precisa ser pago para você estar matriculado.
No caso do Mestrado, com duração de 2 anos (4 semestres), você pode optar por pagar por semestre. Então, pagando por seis meses inicialmente, com a vantagem que eles dividem o valor do semestre em até 4 parcelas.
O Mestrado da Mariana (no caso dela especificamente), custa 2500 euros por 2 anos de curso. Lembrando que você pode dividir por 4 semestres e depois pegar o valor de cada um e ainda dividir por 4 meses de pagamento. Daria mais ou menos 156 euros por mês, durante 4 meses de cada semestre.
Os valores pagos são por créditos e, no caso dela, o curso todo tem 60 créditos.
Em quais áreas você pode fazer seu Mestrado / Curso na Europa?
O que você irá estudar na Europa precisa estar correlacionado com o que você já estudou previamente. Pode ser tanto um estudo no Brasil, quanto um curso/pós feita no exterior. O que você precisa é alinhar as experiências. Alinhar o que já foi estudado com o que ainda estar por vir.
Quais são as diferenças no curso de Mestrado para quem é Cidadão Europeu?
Você pode tentar e aplicar para quaisquer cursos na Europa mesmo sendo apenas brasileira, neste caso, sem uma segunda nacionalidade. A regra é a mesma e o processo é o mesmo. O que vai mudar são os valores a serem pagos. Todos os cidadãos dos países membros da União Européia pagam valores reduzidos, pagam menos para estudar nas universidades Europeias.
O curso custará cerca de 35% a mais para alunos que não são cidadãos europeus.
Então fica a dica, se você tiver alguma chance de conseguir uma cidadania europeia, corra atrás! Inicie o processo de sua cidadania antes de começar seus estudos, porque dentre tantos benefícios, o estudo com até 35% de desconto é um deles. Mas, como já falamos, você pode se inscrever e cursar e fazer todo o trâmite sendo cidadã brasileira e a única diferença será nos valores a serem pagos.
Dica quente: se você sonha em estudar na Europa mas não tem cidadania europeia, uma grande vantagem é estudar em Portugal. Existem algumas leis que regulamentam vínculos do Brasil com Portugal e oferecem vantagens super valiosas para quem é Brasileiro e vai cursar alguma coisa na Europa. Uma dessas vantagens é que o curso vai te custar o mesmo que custa para um cidadão português.
Quais são os pré-requisitos acadêmicos para estudar na Europa?
Os requisitos são os mesmos de todo curso. Diplomas, certificados, histórico escolar e tal. A diferença é que, se você estudou na Europa, todos esses documentos já estarão no idioma local. E se você estudou no Brasil, você vai precisar organizar toda a sua vida, seus documentos, traduzir juramentado e/ou apostilar (Leia aqui sobre o Apostilamento de Haia) para que eles tenham validade na Europa.
Como é o visto de quem estuda na Europa?
Caso você não seja cidadão da União Europeia, seu visto será de estudante. Uma vez que você tenha sido aceito para estudar fora, você receberá uma carta de aceite e com ela aplicará para o visto. Cada país tem suas regras, mas em geral, primeiro você o “aceite”e depois você aplica para o visto.
Precisa de inglês para fazer mestrado na Europa?
Segundo a Mariana, a exigência da fluência depende muito de universidade para universidade. No caso dela, em 2016 quando estava em Jaén, nada foi requisitado. Nem espanhol e nem inglês. Ela acabou aprendendo ali na marra, no dia a dia.
Desta vez, em Barcelona para o Mestrado, eles não exigiram o espanhol, mas sim, exigiram domínio da língua inglesa. Ainda no processo seletivo foi solicitado, então a Mariana anexou o TOEFL que ela já tinha e tudo certo. Caso esteja com inglês enferrujado aí, dê um jeito de melhorá-lo e fazer um certificado de proficiência, pois ele será útil na documentação dos estudos no exterior.
No fim, a mesma dica de novo: fique atento ao que já rolou, pois é possível que role da mesma forma novamente. Os processos, exigências, datas, e demais acontecimentos tendem a se repetir anualmente.
Quais são as dicas e experiências finais que a Mariana tem para nos contar?
- Fique de olho no ano acadêmico, que começa em setembro;
- Se atente ao fato de você ser aceita mesmo antes que tenha uma bolsa;
- Os processos seletivos começam, em geral, em fevereiro de cada ano;
- Fique atento aos editais passados – das mesmas bolsas – pois eles costumam se repetir, com poucas mudanças;
- Os pré-requisitos são, também em geral, os mesmos. Então fique ligado!
Se você ficou com alguma dúvida ou que conversar um pouco com a Mariana, deixe aqui nos comentários o seu contato. Ela responderá a todos.
O Passaporte Feliz segue conversando com Brasileiros Pelo Mundo. Já batemos um papo super legal sobre a vida em Dublin (na Irlanda), sobre o curso de Chef, na Austrália, sobre um assunto chato, mas interessante, sobre um acidente envolvendo uma brasileira na Austrália, fique ligado em nosso Youtube!
E, se você é um Brasileiro Pelo Mundo, e tem alguma história bacana para dividir com a gente, deixe nos comentários seu contato. Faremos um vídeo curtinho, de você falando sobre algum assunto interessante, que ajude a mais pessoas que estão em busca de sonhos, de respostas, de curiosidades, de emoções, de vivência no exterior…. e muito mais!
Obrigada pela leitura, e até a próxima!